domingo, 11 de março de 2012

1º Seminário de Bares Tradicionais - Parte 2

Continuando...
O costume, quando há um seminário assim, é ter um coffee break; nesse caso, foi um ‘chopp break’. Mas a galera não se conteve e começou a pedir a cerva antes mesmo de terminar uma determinada mesa: Clima / bares e donos. Nesta, falou-se de como é esse “tombamento especial”. Esteve presente também na mesa a dona do bar Luiz, explicando casos de mudança da marca de chope e o porquê. Dentre os mestres especializados, como Paulo Thiago de Mello e Alexei Bueno, foram contadas diversas histórias. Destaque também para o ator Antônio Pedro com as críticas sobre o politicamente correto, como a restrição ao fumo e palitinho embrulhado no papelzinho, o que proporcionou risadas para todos os lados. Outros assuntos foram abordados, como a presença da mulher no boteco nos últimos tempos e a questão do aumento de preço, devido ao crescimento do turismo.






Rodada do dia 6 de dezembro
Nesse dia, devido ao trabalho, já cheguei no final da mesa de Caso e Sucessões. O que pode-se dizer é que realmente há uma grande dificuldade de repasse de gerações nos comandos dos bares tradicionais. Donos de bares como Bracarense e Bar Urca estiveram presente neste debate.
Na mesa seguinte, chamada “Histórias e espaço”, estudiosos em arquitetura e história palestraram sobre a linha do tempo dos bares com citações de nomes da boemia, como João do Rio e outros. Em análises arquitetônicas, destacaram-se bares como 28, Bar do Peixe e Galeto Sacks. Outra conversa foi sobre a essência do espaço do botequim: um lugar para começar amizades. Discutiu-se a contradição de o ponto ser público e privado ao mesmo tempo. E nessa mesa não faltaram dicas como o Cabrito do bar 28, empada do Caranguejo, e o Bar Crispin. O Rumos perguntou sobre a questão do atendimento e o ponto de vista abordado é de que o carioca tem uma forma diferente de atender, parecendo que os garçons estão de mau humor, mas não é isso: o costume é simplesmente não haver muitas formalidades.

Conclusão

O interessante desse evento foi mostrar que, finalmente, o governo, clientes e empresários estão dando uma importância para a conservação dos elementos tradicionais da boemia carioca. Nós sabemos que é impossível não se industrializar, mas temos que manter o que é tradição, pois isso é o que faz o charme da vida carioca.
No evento foi distribuído um jornal só de bares, chamado Biricotico, explanando muito humor.
No final os participantes ganharam um diploma e participaram do coquetel de lançamento do livro Rio Botequim 2012 - 50 novíssimos - com direito a uma roda de samba e muita comida de boteco. Dessa vez comi bastante sanduíche de calabresa. Haja colesterol! (risos) . Vida longa ao Rio Botequim.

Até a próxima, pessoal.

Colaboração: Lydianna Lima

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